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quarta-feira, 9 de março de 2011

A educação online brasileira está em plena expansão

O e-Learning está em plena expansão no Brasil. Uma evolução que se apóia em políticas de estado, iniciativas conjuntas dos setores públicos e privado, e um interesse crescente das universidades e empresas. Cada vez mais, a importância dos conteúdos é uma questão essencial para o fenômeno de formação.

O Estado de São Paulo apresenta uma realidade privilegiada em relação a outros estados brasileiros, visto que estão localizadas as grandes empresas de capital nacional e internacional que operam no país, além de ser a unidade política que concentra o maior número de universidades e escolas. Hoje, a população paulista tem acesso a uma gama inumerável de recursos tecnológicos e pedagógicos que favorecem a inserção da modalidade como uma alternativa viável para a formação e o aperfeiçoamento profissional, assinalou a Gerente de Educação a Distância do SENAC, Rosana Martins, durante uma entrevista exclusiva dada ao e-Learning América Latina.

Entretanto, face à bonança que experimenta este próspero estado brasileiro que reúne as melhores condições para o desenvolvimento de projetos de e-Learning (seguido pelo Rio de Janeiro e outros estados da região sul), há outras regiões do Brasil que estão em atraso. Apesar da educação virtual ser tratada pelos governantes brasileiros como uma alternativa viável para levar educação à população, ainda é carente de alternativas para acessar esta modalidade de educação?, afirmou a especialista.

ELAL (a-Learning América Latina): Qual é a atualidade do e-Learning no Brasil?
Martins: O e-Learning no Brasil se encontra em expansão. Apesar das dificuldades econômicas e disparidades sociais, o desenvolvimento de projetos em todos os setores cresceu significantemente nos últimos anos, tanto na área corporativa como na educacional (principalmente nas universidades).
Atualmente, as empresas procuram melhorar as capacidades e habilidades de seus recursos humanos, seja com seus sócios ou com fornecedores externos. Entretanto, os projetos de capacitação estão migrando seu foco para o treinamento de empregados com competências em diversas áreas, e as grandes iniciativas desta natureza, geralmente são desenvolvidas por meio de acordos estratégicos.
É importante ressaltar que o Brasil é um país com dimensões continentais, com uma distribuição desigual de população e predominância de grandes centros urbanos e enormes áreas com baixa densidade populacional. Do mesmo modo, tem problemas comuns ao mercado latino-americano, como a dificuldade de obter maiores investimentos em tecnologia, instabilidade econômica (investidores e empresários mais cautelosos), dificuldade para garantir o desenvolvimento de recursos humanos com competências para o planejamento de projetos...
Segundo pesquisas publicadas por empresas locais, no Brasil os investimentos na área de e-Learning superam os 90 milhões de dólares no mercado corporativo, demonstrando que o retorno do investido acontece geralmente em prazos inferiores aos 12 meses. De acordo com esses resultados, a maior parte dos investimentos foram direcionados à produção de conteúdos, que vêm sendo considerados como o principal ativo do e-Learning, pois apresentam conhecimento organizacional acumulado.
Enfim, o mercado se encontra em uma etapa muito favorável. No Brasil, 82% dos conteúdos para e-Learning do mercado corporativo são desenvolvidos sob medida. Os 18% dos desenvolvimentos de conteúdos são providos por empresas, enquanto que o 61% são desenvolvidos internamente e o 39% são terceirizados.

ELAL: Que penetração tem o e-Learning no setor educativo?
Martins: Também está em uma fase de implantação e expansão. A maior parte das universidades possuem núcleos de pesquisa, capacitação e desenvolvimento de projetos, geralmente relacionados à utilização de tecnologias da informação e comunicação, para apoio ao ensino presencial e a distância.

ELAL: E o setor empresarial?
Martins: O setor empresarial se mostrou muito permeável a este tipo de investimentos, principalmente à produção de conteúdos para educação. As iniciativas que inicialmente estavam vinculadas ao treinamento de empregados por meio de projetos provenientes da área de recursos humanos, atualmente, estão vinculadas a projetos de e-Learning B2B e B2C.
Os motivos que o mercado manifesta na hora de implantar esta metodologia no marco de seus negócios são:
• Agilizar o lançamento de novos produtos
• Reduzir custos com treinamentos virtuais
• Melhorar a utilização de produtos já lançados
• Aumentar e agilizar a comunicação com seus sócios
• Gerenciar melhor os resultados
• Aumentar as vendas
• Agilizar o desenvolvimento de novos produtos
• Aumentar o grau de satisfação dos clientes

ELAL: Que tipo de empresas são as que mais consomem educação virtual?
Martins: Empresas nacionais ou internacionais de grande porte, com mais de 3.000 empregados, e distribuídas pelos estados brasileiros ou em outros países. Em particular, destacam-se o segmento farmacêutico, o automobilístico e o de produtos eletrônicos, que já estão investindo em grandes projetos que integram EAD e Gestão de Conhecimento; como por exemplo, Philips. Esta empresa, em sociedade com o Senac, desenvolveu o Centro de Capacitação Philips Senac, com o objetivo de capacitar aos profissionais da área no que se refere ao conhecimento das novas tecnologias do setor, na busca do aumento de vendas de seus produtos.

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